Cantor espanhol vive momento de retomada emocional e criativa com nova turnê, disco intimista e um compromisso cada vez mais forte com a saúde mental
Poucos artistas do cenário latino conseguiram manter uma carreira tão sólida e emotiva quanto Alejandro Sanz. Em 2025, aos 56 anos, o cantor espanhol vive uma fase de equilíbrio delicado: depois de expor publicamente suas batalhas internas, ele retorna aos palcos com um novo álbum, uma turnê global e uma entrega artística ainda mais visceral.
A turnê “El Amor de Verdad”, que teve início em março na Espanha e chega ao Brasil em agosto, marca um reencontro entre Sanz e seu público em sua forma mais honesta: vulnerável, reflexivo e apaixonado.
O novo trabalho, ainda sem título divulgado oficialmente, traz composições autorais que falam sobre solitude, renascimento, reconciliação com o passado e afeto sem filtros. As letras mesclam dor e doçura com o violão flamenco e os arranjos contemporâneos já característicos de Alejandro.
“Este é o álbum mais pessoal da minha vida. Não escrevi pra vender, escrevi pra respirar. Se tocou alguém, já valeu a pena”, afirmou o cantor em uma coletiva recente.
Pulso Latino: Como você enxerga sua carreira em 2025?
Alejandro Sanz:
Hoje sou um homem em paz com minhas inquietações. E acho que isso mudou minha música. Eu cantei muito tempo sobre o amor dos outros, agora estou cantando sobre o meu próprio. Sobre o que eu vivi, perdi e recuperei. Isso não é só carreira. É processo de cura.
Pulso Latino: Você falou abertamente sobre depressão nos últimos anos. O que te ajudou a voltar?
Alejandro Sanz:
A música sempre me salvou. Mas, dessa vez, quem me salvou foram as pessoas. Meus filhos. Meus amigos. E, claro, os fãs. Quando você abre o peito e ainda assim recebe amor, você descobre que não está só.
Pulso Latino: Que mensagem você quer deixar com esse novo disco?
Alejandro Sanz:
Que o amor não precisa ser perfeito. Precisa ser real. E que não existe coragem maior do que pedir ajuda quando você está no fundo.
A nova turnê já passou por Madri, Barcelona, Lisboa, Buenos Aires e Cidade do México. No Brasil, Sanz se apresentará em:
São Paulo (21 de agosto – Allianz Parque)
Rio de Janeiro (24 de agosto – Jeunesse Arena)
Recife (27 de agosto – Classic Hall)
A estrutura da turnê mistura telões com projeções cinematográficas e uma banda ao vivo com arranjos latinos, flamencos e sinfônicos. O show é dividido em três atos: passado, queda e renascimento — refletindo a jornada emocional do artista.
“O amor não se mede no quanto dói, mas no quanto ele te deixa continuar.”
— Nova música ainda sem título revelado
“Voltei a me olhar no espelho e lembrar que eu mereço minha própria companhia.”
— Trecho divulgado nas redes do cantor
“Se chorei, foi porque calei demais. Agora eu falo, agora eu canto.”
— Verso da faixa “Hablar de mí”, anunciada como o próximo single
Alejandro Sanz soma mais de 25 milhões de discos vendidos, 4 prêmios Grammy e 25 Latin Grammys. Mas sua relevância vai além dos números: é um símbolo de sensibilidade masculina, um artista que transforma dor em arte e que sempre renovou sua sonoridade sem perder a alma flamenca que o consagrou.
“Alejandro é parte da nossa história musical. Suas canções não envelhecem, porque são feitas de verdade”, diz Gabriela Ruiz, fã brasileira que acompanha o artista desde os anos 90.
Lançamento completo do novo álbum até setembro de 2025
Parcerias com artistas brasileiros (entre eles, Anavitória e Maria Gadú)
Documentário em produção sobre bastidores da turnê e sua relação com a saúde mental
Participação no Latin Grammy 2025 com duas faixas já cotadas como indicadas
Em 2025, Alejandro Sanz não é apenas um cantor consagrado: é uma alma em reconstrução, um artista que canta como quem escreve cartas abertas ao mundo. Ele nos lembra que ser forte também é saber chorar. E que cantar, às vezes, é só uma forma de voltar a respirar.